E quantas vezes precisamos morrer numa mesma vida, para que possamos compreender o porque não conseguíamos viver antes como deveríamos?... Ah! Hoje até sorrio! Não há dúvidas de que o tesouro que buscamos encontra-se no final do antigo caminho... Sim! Para adentrarmos o portal do nosso verdadeiro caminho, devemos seguir todo o percurso. É como mudar de fases no "game", ao completarmos uma missão, automaticamente evoluímos.Eu tive que morrer tantas vezes, e milagrosamente ressurgir... E percebi que o milagre está em cada amanhecer, que renascemos todos os dias, porém só evoluímos de dentro para fora... Requer vivência, não apenas conhecimento. Para evoluir a alma, é necessário aprender a Grande Alquimia... Eis um caminho muito restrito. Poucos alcançam...Poucos descobrem a Grande Missão... E eu sou apenas uma relez aprendiz desse infinito Caminho.Eu abri mão de tudo nessa vida para percorrer sozinha o meu caminho, em busca de um grande tesouro, até descobri que eu não me decepcionaria depois...Nada, absolutamente nada, foi em vão! Hoje eu sigo em paz, com a minha solidão... Aprendi a enxergar e a caminhar com passos seguros pela escuridão...
Morphyna Nephilim
Essa reflexão me lembrou esse poema de Fernando Pessoa ♥:
ResponderExcluir"Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera.
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado.
Ele dela é ignorado.
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino —
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E, vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora.
E, inda tonto do que houvera,
A cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia. "
http://lasantissimamuerrte.blogspot.com.br/
Linda, lindíssima poesia!
ResponderExcluirObrigada!
E tens razão...
Beijos gélidos...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir